Nascido em Bonsucesso no Rio de Janeiro, em 1970, mudou-se para São João de Meriti, na Baixada Fluminense, com a família, aos seis anos de idade, onde cresceu em meio a ruas sem asfalto e grupos jovens onde começou seus primeiros contatos com a música. Em 1980 em parceria com um companheiro de igreja, conquistou o segundo lugar em um Festival de música Escolar com a música “Natureza” os prêmios da época eram modestos, mas seu Colégio teve o nome comentado por entre os outros colégios da Baixada e abriu caminho para sua confiança musical. Começou então a interessar-se pelo violão. Logo depois vieram concursos de poesias, onde sempre se destacava, já fazendo seus primeiros acordes com amigos e tocando na igreja, em 1987, conseguiu com que sua música fosse escrita na última hora para um concurso no SESC Meriti, havia 90 músicas inscritas, mas sua música “Marcas e cicatrizes” consideradas um grito de rebeldia na ocasião, foi classificada entre as doze que poderiam se apresentar, desta vez não ganhou, mas se uniu a um grupo de amigos muito talentosos que começaram a se apresentar em uma casa noturna da Região, com forte influência de grupos como Legião Urbana, interessou-se pelo Rock e denominava seu grupo como “Os Micróbios”, mas a dificuldade financeira, a falta de patrocínio e interesses individuais afastaram os integrantes dos “Os Micróbios”. Tentou voltar a tocar na igreja, mas já sofria uma influência forte do Rock. Ingressou nas fileiras do Exército, mudou-se para Juiz de Fora, engavetou suas músicas e dedicou-se a carreira de Infantaria, passou pela Cidade de Resende, mas foi morando em Manaus que teve contato com a miséria e as injustiças sociais, se identificando com o povo sofrido que muito lembrava a infância difícil em São João de Meriti, contraiu malária, que quase lhe custou a vida, passou a ajudar nas missas Regionais e retomou as atividades na igreja, juntando novamente um grupo de amigos e passou a animar a Liturgia na Região, mais maduro na Religião voltou a professar o Cristo Eucarístico, e começou a descobrir o que talvez fosse sua missão e sua maior paixão estaria a serviço da igreja, a distância entre ele e Deus estava superada e a proximidade fez com que aumentasse sua fé, passou a acreditar e a pregar que a comunhão é o maior alimento e a força necessária para a jornada de cada um. Com passagens pelas cidades de Taubaté (SP), Cruz Alta (RS), Niterói (RJ), teve novamente seu grupo desfeito. Mas um fato voltou a marcar sua vida quando desejava retornar para a Cidade de Resende, mas estava lotado em Niterói e via-se cada vez mais distante de suas promessas de anunciar o Evangelho de Jesus Cristo, foi quando um encontro inesperado entre ele e um Capelão na viagem entre Resende e Rio, lhe proporcionaria a chance de sentir novamente os desígnios de Deus. Duas horas de viagem foi suficiente para que ambos trocassem experiências de Fé, e este Capelão lhe apresentou Nossa Senhora Desatadora de Nós. A oração passou a fazer parte de sua viagem entre Resende e Rio. Até que após várias tentativas de transferência e muitas orações, numa segunda-feira ao chegar a Niterói, sua surpresa foi grande ao saber que sua unidade seria extinta e que poderia regressar a cidade de Resende, no qual se encontrava sua família de sangue e posteriormente sua família comunitária, pois ao regressar a Cidade de Resende, conheceu a história de Santa Isabel, Rainha de Portugal, com quem se identificou profundamente e passou a estudar a história dos Santos, foi onde se reencontrou com a força missionária e um chamado para tocar nas missas, desta vez com sua irmã e duas amigas de Fé e daí surgiram muitas inspirações como “Chão da Terra”, “Eu confesso”,” A paz de Cristo eu lhe dou”, resolveu então retirar seus projetos da gaveta. Mas ainda restava uma grande interrogação, por onde começar? E as coisas iam acontecendo de acordo com a vontade de Deus, suas músicas foram incluídas no Livro “Cantando a Esperança” da Diocese de Barra do Piraí. Mais dois encontros inesperados iriam fortalecer sua nova identidade musical, desta vez com o Padre Zezinho que sugeriu que suas músicas fossem gravadas e Padre Getúlio em Curitiba que chamou suas músicas de Catequéticas. Tais elogios serviram de impulso e fortalecimento de suas decisões e em Jan de 2013 conheceu o produtor Ed Araújo que acreditou no seu projeto e resolveu produzir o CD “FÉ E VIDA” que começou a ser gravado em Jan 2013 mas por diversos motivos contrários a vontade de ambos só foi chegar pronto nas lojas em Jun/2014.Nascia assim o trabalho “ FÉ E VIDA”
“FÉ E VIDA”
O primeiro CD de Marcio Garcia é um trabalho 80% autoral, duas músicas “Servindo Sempre” e “ Viver a Vida” são de composição do amigo Vanderson de Andrade que também incentivou e muito o trabalho e tem uma participação no CD inclusive está cantando junto suas canções, mas as músicas já haviam sido gravadas por um outro cantor. Serviram também para dar um outro toque no CD recheado de Rock religioso, meio clube da esquina, talvez.
“Levante-te” surgiu de um momento de dor e reflexão, ao ler o Evangelho de Mateus que mencionava a mão seca, levou o compositor a refletir o que seria a mão seca, e é muito triste saber que uma mão seca é uma mão sem obras sem força para lutar e reagir diante de uma injustiça social.Jesus curou esta mão seca, além disso nos pede que levantemos deste egoísmo, desta vida isolada e caminhamos juntos na mesma direção do amor.
“Fé e Vida” é uma música recente, foi inspirada em um programa de Rádio chamado “Fé e Vida” de todos os sábados 13:00 na Rádio Sintonia do Vale,e acabou sendo o nome do CD que desde do início iria se chamar Levanta-te mas ao pesquisar na internet sobre algumas coisas relacionadas a palavra levanta-te houve desistência de batizar o CD de Levanta-te. Mesmo porque o CD é de cunho religiosos e Fé e Vida já nos mostra logo isso de cara sem deixar um pingo de dúvida sobre o teor das músicas.
“Mateus 25/35” é uma levada dos anos 60, um rock simples, mas a idéia é despertar a curiosidade das pessoas no que diz respeito a este Capítulo e Versículo da Bíblia, várias pessoas já confessaram que ao ver 25/35 foram pesquisar na Bíblia sobre este trecho bíblico.
“Chão da Terra” considerada por alguns a melhor música das quatorze, já era tocada e cantada nas missas durante o ofertório antes do CD, talvez esta seja a explicação para uma preferência, mas o fato é, que a música soa familiar para quem já conhecia. Se não é a melhor é a que o autor sente muito orgulho, pois é a mais comentada.
“Eu Confesso” surgiu da necessidade e carência de músicas litúrgicas sobre o Ato penitencial. Uma música de contrição talvez seja a mais lenta e reflexiva do CD. É quase uma oração cantada.
“Eu pedi” talvez tenha uma das letras mais bonitas, do CD era para de chamar dádiva de Deus, pois nos retrata claramente que nós pedimos uma coisa e Deus sempre nos dá o que realmente precisamos e sempre na dosagem certa.O nome Eu pedi ficaria mais fácil para procurar no índice dos livros.Mas dádiva ou não podemos continuar pedindo pois Deus sempre está disposto a nos dar e isso a letra diz bem em um tom suave.
“O Senhor Ressuscitou” surgiu da passagem dos discípulos de Emaús que estavam andando tão tristes de Jerusalém a Emaús com a morte de Jesus e de repente se encontraram com Jesus, a música nos retrata a felicidade daqueles dois discípulos ao reconhecerem que Jesus está vivo e ressuscitou dos mortos, um tinha nome, mas “o outro” somos nós que cantamos glória ao Senhor Ressuscitado.
“A paz de Cristo eu lhe dou” É uma levada Country fácil de tocar com um gaitinha charmosa no fundo, mas que é uma música litúrgica que também já era usada nas Comunidades como música no momento da Paz.
“Para Deus tudo é possível” foi inspirada na passagem bíblica do jovem que pergunta o que deve fazer para entrar no reino dos Céus, também é uma letra reflexiva que ganhou um toque moderno ao ser gravada com efeitos eletrônicos.
“Manda tua palavra” se relaciona aos evangelistas e a carta de Paulo aos Efésios onde menciona que nosso escudo é a nossa Fé, uma levada repetitiva meio chicletinho é a menos comentada, mas deixa a sua mensagem Bíblica.
“Jesus quer entrar na sua vida” surgiu por ocasião em uma fila de supermercado. É incrível como as atribuições e tarefas do dia a dia nos afasta de Deus e de nossos irmãos, esta letra te haver com isso.Com um Bach gostoso e ameno a música teve um sabor meio Pop.
“Bola pra frente” é sem dúvida a música mais inusitada do CD, surgiu de um momento de tristeza, quando estava o grupo tocando em um casamento o som estava ruim e comprometeu a apresentação, uma amiga virou e falou: “não vamos ficar triste bola pra frente” foi o suficiente para servir de inspiração para surgir esta música que não ia entrar no CD, mas caiu nos gosto do público e entrou na última hora, com uma levada alegre e descontraída no faz refletir sobre nossos problemas, mas que não são nada se realmente confiarmos na presença de Deus em nossas vidas.